Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez,
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Chico Buarque
sábado, 27 de março de 2010
"Era-se (os)nós"
Era um amor de necessidade.
Amor de quem já entendeu as coisas.
É ruim ficar só. É bom ter alguém para viver as coisas.
Sexo é tão bom ...hum...
Ninguém é perfeito.
A vida passa rápido demais.
Carinho ,amor,aconchego dão sentido à vida.
Amor de projeto.Amor concreto.
Mas, amor não sobrevive à realidade assim.
Não é feito pra isso.
Não é feito.
Amor?Não é feito.
Amor de quem já entendeu as coisas.
É ruim ficar só. É bom ter alguém para viver as coisas.
Sexo é tão bom ...hum...
Ninguém é perfeito.
A vida passa rápido demais.
Carinho ,amor,aconchego dão sentido à vida.
Amor de projeto.Amor concreto.
Mas, amor não sobrevive à realidade assim.
Não é feito pra isso.
Não é feito.
Amor?Não é feito.
sexta-feira, 12 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
OLHA QUE ENGRAÇADO...
ORAÇÃO DO APARTAMENTO ALUGADO
Apê nosso que vai ser alugado
Ratificado e barato seja o contrato
Vem a nós com mais espaço
Seja bem feito e bem decorado
Assim no banheiro, como no quarto
A criatividade de cada dia, nos aumente hoje
Perdoai os sindicos implicantes
Assim como nós perdoamos a quem desperdiça
E não nos deixe perder a noção
Mas livrai-nos do azulejo bege
Amém!
Apê nosso que vai ser alugado
Ratificado e barato seja o contrato
Vem a nós com mais espaço
Seja bem feito e bem decorado
Assim no banheiro, como no quarto
A criatividade de cada dia, nos aumente hoje
Perdoai os sindicos implicantes
Assim como nós perdoamos a quem desperdiça
E não nos deixe perder a noção
Mas livrai-nos do azulejo bege
Amém!
terça-feira, 2 de março de 2010
CASAMENTO
Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como "este foi difícil"
"prateou no ar dando rabanadas"
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
Texto extraído do livro "Adélia Prado - Poesia Reunida", Ed. Siciliano - São Paulo, 1991, pág. 252.
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como "este foi difícil"
"prateou no ar dando rabanadas"
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
Texto extraído do livro "Adélia Prado - Poesia Reunida", Ed. Siciliano - São Paulo, 1991, pág. 252.
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